Taxas de Importação de Moçambique

Taxas de Tarifa Aduaneira para Produtos Importados para Moçambique

8/6/20254 min read

O sistema de tarifas alfandegárias e de importação do país desempenha um papel fundamental na regulação do comércio, no apoio às indústrias nacionais e na garantia de que as importações estejam em conformidade com os padrões nacionais.

Moçambique é membro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que influencia seus acordos comerciais e regulamentações alfandegárias. Além disso, o país participa da União Aduaneira da África Austral (SACU) e do Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA), blocos regionais que também impactam sua estrutura tarifária e facilitam o comércio intra-regional.

Nos últimos anos, Moçambique tem observado uma crescente demanda por matérias-primas e produtos manufaturados, motivada pela contínua modernização da sua economia e investimentos em infraestrutura. O sistema tarifário moçambicano é desenhado para incentivar o desenvolvimento econômico, protegendo as indústrias locais e facilitando o comércio por meio de acordos preferenciais com parceiros regionais e internacionais.

Taxas de Tarifa Aduaneira para Produtos Importados em Moçambique

As tarifas alfandegárias são estruturadas conforme as diretrizes do Protocolo Comercial da SADC e da Área de Livre Comércio da COMESA, buscando facilitar o comércio regional e, simultaneamente, proteger as indústrias nacionais. O governo impõe direitos de importação sobre uma ampla gama de produtos, incluindo agrícolas, máquinas, eletrônicos, químicos e energéticos. Moçambique utiliza o Sistema Harmonizado (SH) para classificar mercadorias, o que facilita a aplicação correta das alíquotas.

A seguir, apresentamos as principais categorias tarifárias e suas respectivas alíquotas:

1. Produtos Agrícolas

A agricultura continua sendo um setor essencial para Moçambique, e a importação de produtos agrícolas é vital para suprir a demanda interna. As tarifas são geralmente elevadas para proteger os agricultores locais e incentivar a produção nacional.

Principais tarifas agrícolas:

  • Cereais (SH 1001-1008):

    • Arroz: 10% (países não SADC), 0% (SADC e COMESA)

    • Trigo: 5% (não SADC), 0% (SADC e COMESA)

    • Milho: 10%

  • Frutas e vegetais (SH 0801-0810):

    • Frutas frescas (maçãs, laranjas): 15% (não SADC), 5% (SADC e COMESA)

    • Tomates: 15% (não SADC), 5% (SADC e COMESA)

    • Batatas: 5%

  • Carne e produtos de origem animal (SH 0201-0210):

    • Carne bovina: 15%

    • Aves: 10%

    • Carne de porco: 15%

    • Produtos lácteos: 10%

  • Sementes oleaginosas e nozes (SH 1201-1214):

    • Sementes de girassol, amendoim, soja: 10%

Direitos especiais:

  • Importações da União Europeia (UE):
    Moçambique possui um Acordo de Parceria Econômica (APE) com a UE, que permite tratamento preferencial para determinados produtos agrícolas, com tarifas reduzidas ou isentas.

  • Importações dos países da SADC e COMESA:
    Tarifas reduzidas ou nulas para produtos agrícolas provenientes destes blocos.

2. Produtos Manufaturados e Industriais

Moçambique importa máquinas, veículos, produtos químicos e bens de consumo essenciais para o desenvolvimento e modernização do país. As tarifas variam conforme o tipo e origem do produto.

Principais tarifas manufaturadas:

  • Máquinas e equipamentos elétricos (SH 84, 85):

    • Transformadores, geradores: 10%

    • Computadores e equipamentos de processamento de dados: 5%

  • Veículos (SH 8701-8716):

    • Automóveis de passageiros: 20%

    • Veículos comerciais e peças: 15%

  • Produtos químicos (SH 2801-2926):

    • Fertilizantes: 5%

    • Produtos farmacêuticos: 10%

    • Plásticos e polímeros: 5-10%

  • Têxteis e vestuário (SH 6101-6217):

    • Vestuário: 15%

    • Calçados: 20%

Direitos especiais:

  • APE com a UE oferece tarifas preferenciais para máquinas, eletrônicos e veículos.

  • Tarifas preferenciais para produtos manufaturados da SADC e COMESA.

  • Importações da China e de outros países terceiros têm tarifas padrão, geralmente entre 10% e 20%.

3. Bens de Consumo

Essenciais para atender à demanda da população, especialmente em centros urbanos.

Principais tarifas:

  • Eletrônicos e eletrodomésticos (SH 84, 85):

    • Smartphones: 15%

    • Laptops: 10%

    • Eletrodomésticos (geladeiras, máquinas de lavar): 20%

  • Vestuário e calçados (SH 6101-6406):

    • Vestuário: 15%

    • Sapatos: 20%

  • Artigos domésticos e móveis (SH 9401-9403):

    • Móveis: 20%

    • Utensílios de cozinha: 10%

Direitos especiais:

  • Tarifas reduzidas ou nulas para bens de consumo provenientes da UE via APE.

  • Tarifas maiores para bens importados da China, entre 10% e 20%.

4. Matérias-Primas e Produtos Energéticos

Moçambique depende de importações de petróleo, gás e carvão, apesar de possuir reservas significativas de gás natural.

Principais tarifas:

  • Petróleo bruto (SH 2709-2713): 0% (isento por segurança energética)

  • Produtos petrolíferos refinados: 10%

  • Gás natural (SH 2711-2712): 0% (isento)

  • Metais e minerais (SH 7201-7408):

    • Ferro e aço: 5-10%

    • Cobre: 5%

Direitos especiais:

  • Tarifas preferenciais para produtos energéticos importados da SADC e COMESA.

  • Importações de fora destes blocos geralmente seguem a tarifa geral de 10%.

Economia:
Uma das mais rápidas em crescimento na África, impulsionada pela exploração de carvão, gás natural e recursos hidrelétricos. O país vem se recuperando desde o fim da guerra civil nos anos 1990, com investimentos estrangeiros especialmente nos setores de mineração e energia.

Principais setores:

  • Agricultura: Produção de mandioca, milho, cana-de-açúcar e tabaco, além de pecuária.

  • Mineração: Carvão, gás natural, metais preciosos.

  • Energia: Hidrelétrica (ex: Barragem de Cahora Bassa) e gás natural em expansão.

  • Turismo: Atrai visitantes pelas praias, biodiversidade e cultura, sendo foco para diversificação econômica.

Passos principais para importar para Moçambique

Encomenda:
Negocie preço, qualidade e condições de pagamento com o fornecedor. Caso não tenha crédito, é comum pagar antecipadamente. Documentos importantes nesta fase incluem a requisição, a factura pro forma e o comprovativo bancário do pagamento.

Formalidades aduaneiras:
Após o envio da mercadoria, o fornecedor encaminha os documentos necessários. O despachante aduaneiro deve submeter a declaração de importação na Janela Única de Comércio Exterior do país, efetuando o pagamento dos direitos aduaneiros e taxas aplicáveis. Documentos básicos exigidos incluem a factura comercial, certificado de seguro, conhecimento de embarque (Bill of Lading), entre outros.

Libertação da mercadoria:
A Alfândega realiza a verificação documental e pode inspecionar fisicamente as mercadorias para garantir conformidade. Após a aceitação e o pagamento de serviços complementares, como armazenagem e manuseio, a autoridade alfandegária emite a autorização para a saída da mercadoria.

Confirmação bancária:
Após a liberação, é necessário apresentar o processo ao banco para justificar a finalidade do pagamento realizado, cumprindo requisitos de controle cambial e regulamentos financeiros locais.

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